A importação da China é uma excelente estratégia para quem quer aumentar os lucros de suas vendas. No entanto, essa possibilidade de importar para revender só é permitida para empresas, isto é, para CNPJ. Mas quem é MEI pode importar também?
Sabemos que essa categoria de pessoa jurídica possui algumas particularidades e por isso é comum surgir dúvidas como: MEI pode importar? Existe algum limite para MEI importar? Como funciona?
Assim, preparamos este artigo completo para responder a estas e outras perguntas que possam surgir com relação a importação como MEI.
MEI pode importar?
O MEI pode sim importar produtos de outros países para revender para consumidores finais no Brasil. O MEI pode importar, portanto, da China e de qualquer outro país.
A categoria, que é mais limitada, foi criada em 2008, para regularizar profissionais autônomos e pequenos empreendedores, que estavam na informalidade. Ela possui um sistema tributário bem mais simples que outras categorias, mas possui uma limitação de atividades permitidas.
No entanto, apesar dessas limitações, o MEI é considerado uma empresa e tem um número de CNPJ igual aos outros. Então, essa categoria pode sim importar produtos para revender.
A compra de produtos internacionais em pessoa física só é permitido para uso e consumo próprio. Se você tem o objetivo de reveder os itens importados, então precisará de um CNPJ ativo e regular no país, podendo ser um MEI.
Atualmente, o MEI representa quase 70% de todos os CNPJs ativos em nosso país, com quase 15 milhões de cadastros.
Restrições na importação como MEI
Por ser uma categoria de empresa mais limitada, o MEI possui algumas restrições e cuidados na hora de importar. Embora o processo de importação seja o mesmo, é preciso ficar atento a esses detalhes para não sofrer com atrasos e multas.
A primeira restrição na importação como MEI é a respeito do limite para importar. Pela legislação, o MEI possui um teto anual de faturamento de R$ 81 mil. Quando esse valor é ultrapassado, o empreendedor precisa buscar outro regime.
Por conta deste teto, existe também uma limitação na importação: o MEI não pode comprar ou importar produtos em um valor superior a 80% do seu faturamento anual. Assim, uma empresa MEI só pode importar durante o ano o valor total de R$ 64.800,00, incluindo o valor das mercadorias, frete, seguro e impostos.
Portanto, todas as suas importações somadas durante o ano, não podem ultrapassar este valor.
Uma outra restrição na hora de importar como MEI é que o produto importado só pode ser vendido para o cliente final. Deste modo, o MEI não pode vender itens de importação no atacado para outras empresas.
Qual CNAE colocar no MEI para importar?
Não existe nenhum CNAE específico para importação. Assim, quando o MEI resolve importar da China ou de outro país, deve escolher o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) que está relacionado à sua atividade comercial, ou seja, à venda dos seus produtos.
Nem todas as atividades são permitidas no MEI, então é preciso estar atento a isso também, uma vez que se o comércio do produto que você deseja importar não estiver presente na categoria, você precisará ir para outro regime.
Mas, se o CNAE da sua atividade estiver no MEI, você poderá importar sem problemas, independente de qual ramo você esteja.

Requisitos para importar como MEI
Não basta ter o MEI ativo e com as obrigações em dia para importar de forma legal e segura. Além dos das restrições já citadas anteriormente, como o limite do valor de importação e a proibição da venda no atacado, é preciso também habilitar o seu MEI para importação.
O MEI precisa se habilitar nos sistemas da Receita Federal para demonstrar a capacidade de operar no comércio exterior e também registrar suas operações.
Para isso, ele precisa solicitar sua habilitação no sistema RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros) e realizar seu cadastro no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior).
A habilitação no Radar-Siscomex é obrigatória para todo tipo de empresa e não somente para o MEI. É com essa habilitação que você comprova que está apto para importar e tem todo o histórico de suas importações.
Existem quatro categorias de habilitação no Radar-Siscomex, que variam de acordo com a capacidade financeira da empresa. Mas, por conta do limite anual de importação que este regime possui, a categoria mais indicada é a limitada até US$ 50 mil por seis meses, que já compreende o limite e é menos burocrática de ser adquirida.
Saiba tudo sobre a habilitação no Radar-Siscomex neste outro artigo completo sobre o tema.
Passo a passo para importar como MEI
O processo de importação como MEI é o mesmo de qualquer outra empresa. Não há diferença aqui.
Assim, ao decidir começar, o importador deve escolher entre as modalidades de importação e ver qual melhor se enquadra na sua necessidade. Você deverá escolher entre a importação marítima (mais lenta, porém mais barata) ou a importação aérea (mais ágil, porém mais cara) e se vai importar um container completo ou compartilhado.
Pelos limites do MEI, o mais indicado é começar com as operações menores e mais baratas, como o container compartilhado via marítima.
Se a importação total não superar o valor de até US$ 3 mil (somando os valores do produto, frete e seguro) ela pode se enquadrar na modalidade chamada de Importação Simplificada, que é feita por um transporte expresso, através de uma empresa courier e bem menos burocrática, não necessitando inclusive da habilitação no Radar-Siscomex.
Porém, se o valor ultrapassar esse limite ou se o importador quiser escolher outra modalidade, será necessária a habilitação e seguir o passo a passo de uma importação formal.
Escolha do produto e fornecedor
O primeiro passo de qualquer importação, inclusive para quem é MEI, é escolher o produto para importar. Se você já trabalha com vendas, escolha no seu estoque os itens fabricados na China que têm boa margem e alta procura.
Mas, se você está começando agora, procure por produtos que você goste, tenha afinidade ou sentiria muito prazer em vender. Essas são ótimas opções para você começar.
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Depois, você precisará encontrar o fornecedor deste produto na China. E isso você pode fazer indo até a China, para cidades como Yiwu ou Shantou, por exemplo, ou para feiras como a Canton Fair. Mas, se você quer uma opção mais barata e mais rápida, pode escolher encontrar seus fornecedores nos sites de compra internacional.
Nessas plataformas você pode pesquisar pelos fornecedores, conversar e negociar com eles, pedir amostras e fechar seu pedido de forma segura. Indicamos sempre o Alibaba, o maior site de vendas B2B do mundo e a Pindau, nossa parceira de compras na China.
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Após encontrar o fornecedor, você deverá pedir um orçamento, chamado de Proforma Invoice, fazer uma simulação de custos para verificar a viabilidade de importação e fechar o seu pedido com o pagamento para o fabricante.
Processo logístico e aduaneiro
Feito o pedido, seu fornecedor iniciará a produção dos seus itens. Aqui você precisará de uma assessoria de importação para receber seus produtos na China, consolidar e preparar sua carga para o embarque para o Brasil. Essa assessoria irá emitir todos os documentos, cuidar de todo processo logístico e envio para o Brasil.
O seu fabricante, após a produção, precisará de um endereço para entregar seus produtos. Essa assessoria irá cuidar disso para você também.
O transporte, seja feito por navio ou avião, deverá ter também o seguro internacional.
Quando a sua carga chegar no Brasil, passará pelo processo de Desembaraço Aduaneiro. Esta é a etapa onde sua carga e toda documentação são conferidas pela Receita Federal e outros órgãos, caso necessário.
Ela é feita assim que sua carga chegar no Brasil e varia de acordo com o histórico do importador, do volume importado e do tipo de produto.
Aqui ocorre a nacionalização da carga e liberação para entrar no Brasil. Se algo estiver errado, seja no produto ou nos documentos, a sua importação ficará parada até a regularização, sofrendo com multas e custos adicionais.
É no Desembaraço Aduaneiro que acontece o pagamento dos impostos de importação.
Impostos na importação como MEI
Na importação, o MEI paga os impostos como os outros regimes tributários. Mesmo que no âmbito nacional, o MEI tenha benefícios fiscais, como uma alíquota de impostos bem menor e recolhimento pelo Simples Nacional, na importação o pagamento dos impostos é igual para todo mundo.
Assim, ao realizar uma importação, o MEI ele precisará pagar todos os impostos referentes ao processo de importação, seja na importação simplificada ou na formal. Alíquotas desses impostos também seguem o mesmo padrão dos outros regimes e variam de acordo com o produto importado.
Saiba tudo sobre os impostos de importação aqui.
Lembrando que o valor dos impostos será considerado no limite da categoria MEI e portanto, você deve se atentar a isso para não extrapolar o teto.
A emissão da nota fiscal de importação como MEI
Ao realizar uma importação, o MEI precisará emitir obrigatoriamente uma Nota Fiscal de Entrada por Importação para os produtos importados.
Nas vendas para as pessoas físicas, o MEI não é obrigado a emitir uma nota fiscal e assim, muitos microempresários acabam não tendo um sistema emissor de notas fiscais.
Mas na importação, a emissão da Nota Fiscal é obrigatória. Então, se você é MEI e quer importar, precisará consultar a Secretaria de Fazenda do seu Estado ou do Município para conseguir a liberação para emissão de nota fiscal, podendo ser impressa ou eletrônica.
Você poderá utilizar o próprio site ou sistema do governo estadual ou municipal, ou um sistema ERP particular para a emissão das suas notas fiscais de importação.
Importe com seu MEI em containers compartilhados
Se você é MEI e quer aumentar seu faturamento comprando produtos direto da China, está no lugar certo. A China Gate é referência em importação há mais de 20 anos, ajudando milhares de empresários e microempreendedores brasileiros a reduzirem custos e ampliarem seus negócios através da importação.
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Isso porque no Importação Digital, você importa em containers compartilhados: a sua carga ocupa apenas o espaço necessário, dividindo os custos com outros importadores, sem dor de cabeça. E você recebe seus produtos com nota fiscal no seu nome e tudo regularizado.
Nós cuidamos de toda a burocracia: transporte, desembaraço aduaneiro e logística completa. Você só precisa escolher o produto e o fornecedor na China, e o resto fica por nossa conta.
Com saídas semanais da China e mais de 250 importações por mês, o Importação Digital é a solução prática para o MEI que quer importar, economizar e crescer no mercado.
Então, mesmo você que é MEI e não tem capital para importar um ou mais containers, tem uma importação lucrativa através dos nossos containers compartilhados.
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