Ícone do site China Gate

Viabilidade na importação de produtos da China

Em conjunto com os outros textos aqui do blog entendemos que a importação de produtos de outros países geralmente começa da necessidade de otimizar custos e melhorar a margem de lucro da empresa. Verificamos também que o início desse processo acontece com a busca do fornecedor exportador, seguida da cotação e cálculo dos custos da importação afim de conhecer o custo real previsto das mercadorias dentro dos depósitos da empresa em comparação com os produtos similares no mercado doméstico. Por fim percebemos a importância do gerenciamento do capital de giro durante o processo de importação, uma vez que todos os custos, na maioria das vezes são pagos antecipadamente.

Depois de todas essas fases, talvez ainda haja dúvida se o projeto de iniciar a importação de alguns produtos realmente é compensador. Para solucionar esse problema, chamo a atenção para os seguintes detalhes: diferença de custo, necessidade de capital de giro adicional, viabilidade operacional.

  1. Diferença de preço:

Devemos considerar o custo unitário do produto importado com o similar nacional. O objetivo é que o valor do produto importado seja consideravelmente inferior ao custo atualmente pago pela empresa, mas não é só isso. Deve-se considerar o volume do compras do produto, pois muitas vezes o custo tem uma grande diferença percentual mas num volume baixo de utilização, pode ser desinteressante, haja vista que para se efetuar importação, quanto maior o volume menor o custo.

  1. O total de capital de giro incremental:

Suponhamos que o fornecedor nacional vende com um prazo médio para pagamento de 30 dias e que sua empresa vende com o mesmo prazo de pagamento para seus clientes. Então o ciclo de caixa (tempo que a empresa deve dispor do dinheiro para pagar a compra até o recebimento efetivo dos clientes) será igual ao prazo médio de estocagem (tempo entre o recebimento das mercadorias do fornecedor e entrega para o cliente). Vamos considerar 15 dias. Quando a empresa entra no ramo de importações, ao menos no início, tudo será pago antecipadamente (veja o post CAPITAL DE GIRO NA IMPORTAÇÃO) o que pode aumentar o ciclo de caixa para mais de 100 dias. OU seja, todo dinheiro investido nos pedidos de compra no exterior (considerando fornecedores asiáticos) só retornará ao caixa da empresa em 100 dias. Assim primeiramente deve-se verificar se a empresa tem esse recurso disponível ou se tem acesso a crédito para obtê-lo. Nas duas situações, para cálculo de viabilidade, descontar o juros desse valor incremental, dividir pelo número de unidades a serem importadas e com isso obter o novo custo do produto importado, para dessa forma compará-lo novamente conforme citado no item 1.

  1. Viabilidade operacional

Esse ponto é o risco intangível que está em todo processo de importação. Como estamos falando de fornecedores de outros países, culturas diferentes, agentes alfandegários envolvidos, burocracias e papelório sem fim, uma pequena diferença no custo dos produtos pode não ser atrativa quando algum fator não programado acontece. Estou falando de atrasos na liberação de mercadorias, demora na reposição de produtos em garantia ou assistência técnica, custos extras com documentos exigidos, mudança de legislação durante o processo de importação e muito mais. Para esse ponto sempre recomendo aos clientes que se deve ter uma margem de lucro sobrando (gordura) para queimar quando haver necessidade.

Com isso reitero que importar produtos é cada vez mais fácil, vantajoso e acessível a todo tipo de empresa, contudo é necessário um pouco de arrojo por parte dos empresários.

Tem dúvida com qual produto deve começar a importar? Veja este vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=t9MuEhp3lBs

Sair da versão mobile