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Custo de importação da China

Quando o empresário decidiu importar da China e já encontrou o fornecedor (veja os vídeos de como encontrar fornecedores na China), o próximo passo é fazer a cotação dos produtos para saber qual é o custo de importação da China.

Nesse tipo de contato, é muito comum a utilização de email, Skype, gTalk, etc. Alguns fornecedores não enviam tabelas de preços, então eles pedem para escolher os produtos de interesse no site deles e provavelmente farão o preço de acordo com a “cara do freguês”, ou neste caso, volume e freqüência de compras. Detalhe: o chinês não tem restrição nenhuma em vender um produto por 10 dólares para um cliente e por 1 dólar para outro cliente. Se eles derem o preço e o comprador aceitar, eles vendem normalmente. Eu tenho clientes que pagavam 2 dólares em alguns itens em 2004 e hoje, comprando um volume 10 vezes maior, paga no mesmo produto 0,60 centavos de dólar.

Tão importante quanto o custo unitário dos produtos é o peso, embalagem e volume. Pois para calcular o custo de entrada, a receita federal soma o custo do frete no custo do produto e começa a tributar a partir desse número. Muitos produtos apresentam custo super baixo na china, mas devido ao volume e distância entre nossos países, o custo de frete faz toda diferença. Atualmente o frete aéreo para um quilo ou metro cúbico de hong Kong para Guarulhos/Viracopos ou Curitiba gira em torno de 9 dólares. O frete marítimo gira em torno de 1200 dólares num container de 20 pés, que cabe aproximadamente 28 metros cúbicos ou 18 toneladas.

Com o custo do produto e do frete em mãos, é hora de ir para a parte mais cara, chata e burocrática dos importadores brasileiros, os impostos. Para isso não vou explicar como faz os custos pois os cálculos são todos invertidos e fica muito mais fácil simular numa planilha de cálculos. Não arrisque fazer sem ajuda de um profissional da área, pois a surpresa pode ser desagradável. Um despachante aduaneiro é a pessoa indicada para calcular os impostos e verificar as barreiras de entrada (quando há) dos produtos no Brasil. Tudo isso é conseguido pela NCM (Nomenclatura comum do MERCOSUL) do produto (lá fora chamado de HS CODE, ou Harmonic System Code). Através desse código que sabemos quais os impostos de entrada, licenças exigidas e tudo o que precisa para importar o produto. Por exemplo, se for brinquedo vai precisar de liberação do Inmetro, se for aparelho que usa rede elétrica, vai precisar do selo Procel/Inmetro, se for remédio precisa passar pela Anvisa, se for produto que tenha direitos autorais registrados, tem que passar pelo INPI ou Carta de Liberação do Proprietário dos Direitos e por ai vai.

Feito tudo isso o resultado final é o custo do produto colocado dentro do depósito do importador brasileiro. Caso seja um custo atraente, menor que o que atualmente a empresa paga no mercado doméstico e que permita uma rentável margem de lucro, é hora de calcular o capital necessário para a operação. Pois quando o assunto é importação, não há prazo de pagamento, tudo é pago a vista ou antecipado. Isso muda a estrutura de capital de giro da empresa e é um assunto muito importante que trataremos nos próximos posts.

Veja aqui um vídeo sobre Negociação com os Chineses

https://www.youtube.com/watch?v=9vvb5yLtU40

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